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[Crítica] “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” me surpreendeu!

Fui assistir a “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” a convite da Paris Filmes, que distribui o filme aqui no Brasil e tive uma grata surpresa.

O filme, que tem duração de 2h38min divididos em 3 atos pode até parecer longo demais, mas funciona muito bem trazendo todo o passado de Panem e a história dos jogos aproximadamente 60 anos antes dos primeiros filmes da franquia, que tinham Katniss (Jennifer Lawrence) como protagonista.

Agora acompanhamos a trajetória de Snow (Tom Blyth) que, antes de se tornar presidente, participou ativamente dos jogos sendo mentor de Lucy Gray Baird (Rachel Zegler).

Assisti em IMAX e confesso que fiquei surpreso com toda a produção, que não deixou a desejar e tem takes grandiosos para as telonas, cheios de efeitos visuais e cenários que vão deixar quem assiste de boca aberta.

As atuações não ficam atrás, mas com um elenco desses é quase que impossível. Viola Davis é, pra mim, um dos maiores destaques de todo o filme, interpretando a Dra. Volumnia Gaul, que trabalha nos Jogos Vorazes criando maneiras de aperfeiçoá-lo.

As falas de Gaul são precisas e somadas à atuação impecável de Viola a coisa se potencializa trazendo tensão para cada cena em que aparece.

Já o jovem Coriolanus “Coryo” Snow, que foi interpretado por Donald Sutherland nos filmes anteriores, agora é de Tom Blyth, que nos mostra uma outra faceta do personagem.

Um rapaz com ideais, mas que aos poucos dá uma coringada e se torna o grande “PRESIDENTE SNOW” que conhecemos. E assistir essa transformação em tela é algo surpreendente porque Tom Blyth é, sim, a melhor coisa do filme.

Rachel Zegler como Lucy Gray Baird é ótima também. Apesar das suas caras e bocas e uma atuação um pouco abaixo dos seus colegas de elenco, a atriz consegue entregar a essência de artista de Lucy, além do vozeirão que arrepia a cada momento em que ela abre a boca para cantar desde o primeiro segundo em que aparece em tela.

The Hanging Tree” e outras músicas na voz de Rachel Zegler tomam uma proporção absurda, fazendo com que qualquer um se emocione.

Há cenas em que Zegler não divide a tela com mais ninguém, apenas sua voz, e são espetaculares. Admito que fui um dos que ficou arrepiado!

Falando em músicas, “Can’t Catch Me Now“, da Olivia Rodrigo, com certeza ganhará indicações nas próximas premiações porque a música consegue captar toda a essência do filme. É quase que um resumo do que vemos e, ao finalizar com essa música nos créditos, ela também soa como um adicional, nos fazendo perceber um pouco do que aconteceu e está acontecendo. Simplesmente viciado em “Can’t Catch Me Now“, que já está disponível em todas as plataformas.

Preciso destacar aqui uma das atrizes que eu mais estava ansioso para assistir no filme, Hunter Schafer interpretando Tigris Snow, irmã de Coryo Snow.

Apesar de não termos nenhum momento realmente marcante da personagem, Hunter consegue nos entregar uma atuação crível e contagiante, com um gostinho de quero mais.

Mas nem tudo são flores e se são, algumas tem espinhos. Um dos atos da “Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” parece longo demais comparado aos outros e algumas cenas musicais do filme, comandadas por Rachel Zegler poderiam ter sido cortadas.

É compreensível que a música seja um dos pontos principais, já que Lucy Gray, uma das protagonistas, é cantora. Porém existem momentos em que a música não se faz necessária para a situação, mas ainda assim está ali.

Nada disso atrapalha a imersão, mas com um olhar mais crítico, talvez seja um ponto de distração para o que realmente está acontecendo, mas nada que incomode tanto assim.

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” é um filme completo que abraça toda a essência da franquia e apesar de se passar anos antes, consegue surpreender até mesmo quem acha que sabe tudo sobre a história de Panem.

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Marcelo Rogério

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